O Abdo (2007) ressalta que o tratamento para a disfunção erétil deve se iniciar pelo reconhecimento da causa e obedecer aos critérios do diagnóstico, assim evita-se procedimentos invasivos e cirurgias antes de tratar ou minimizar as questões clínicas e os fatores de risco envolvidos na disfunção.
A educação sexual, que é a explicação anatômica e do funcionamento do ciclo de resposta sexual, é uma abordagem de tratamento muito importante na consulta, dado que objetiva ensinar a resposta sexual, orientar sobre a saúde sexual e como estimular o prazer sexual (LARA et al., 2008).
A psicoterapia auxilia com técnicas para melhorar o prazer da pessoa ou do casal, assim impactar positivamente na confiança do desempenho sexual, na diminuição da ansiedade de performance, ampliar o repertório sexual, fortalecer ou desenvolver a relação de intimidade e conversar sobre os problemas interpessoais que provocam e mantêm as queixas ou a disfunção sexual (ABDO; ABDO, 2013). Segundo Marques et al. (2008), quando o paciente busca tratamento para disfunção sexual, a relação terapeuta-paciente é na verdade terapeuta-casal, quando se tem parceria, pois é um problema do casal, sendo, portanto, o casal paciente. Isso significa que, a intervenção é realizada focada na demanda do casal. Desta maneira, a terapia de casal destina-se a melhorar a comunicação, o que pode ajudar a resolver conflitos relacionais entre o casal, a exercitar a assertividade e criatividade na rotina. Portanto, o tratamento para a disfunção sexual traz benefícios para a pessoa e/ou casal na melhora da autoestima, da qualidade de vida, satisfação pessoal e conjugal, bem como uma possível diminuição de sintomas depressivos e ansiosos. O mais importante do tratamento é que se possa ter mais satisfação e prazer, e não exclusivamente uma boa performance genital, já que a remissão do sintoma é um objetivo de menor importância (MARQUES, et al., 2008). Como diz os autores Abdo e Abdo (2013), o sucesso do tratamento psicoterapêutico não se resume na melhora ou na ausência dos sintomas sexuais, mas sim, na saúde sexual que é medida no impacto do relacionamento, na espontaneidade, no engajamento em atividades sexuais, na autoconfiança, no humor/afeto, na conquista da intimidade com o outro, bem como na satisfação sexual individual/casal.
Um outro tratamento para a disfunção erétil não invasivo é a fisioterapia, com técnicas simples e de baixo custo como a cinesioterapia, que é uma técnica que tem fundamentos na anatomia, fisiologia e biomecânica, a qual promove prevenção, cura e reabilitação (GUIMARÃES; CRUZ, 2003). Conforme Piassarolli et al. (2010), há risco de disfunção sexual quando se tem desuso, debilidade e hipotonicidade dos músculos do assoalho pélvico (MAP). Diante disso, o treinamento dos músculos do assoalho pélvico (TMAP) promove melhoras significativas, devido aumentar a força dos músculos que se inserem no corpo cavernoso, consequentemente há melhor resposta do reflexo sensório-motor.
Portanto, o tratamento para disfunção erétil é prescrito, desde o início, o medicamentoso associado ao não farmacológico. Como mudança dos hábitos de vida, educação sexual, fisioterapia, psicoterapia individual/ casal e terapia sexual (SARRIS et al., 2006).