Assumir em forma madura uma identidade, baseada numa ideologia progressiva que tende ao conhecimento e permite mudança, pressupõe um luto, porque implica na ruptura de estruturas estabelecidas e identidades prévias, para logo reintegra-se de uma maneira diferente. Constitui um verdadeiro processo revolucionário interno, porque o indivíduo tem que passar pela experiência caótica de períodos, ainda que transitório, de desorganização e dissolução de sistemas psíquicos, valores estabelecidos e vínculos objetais, para integra-se numa reorganização que o leva a configura uma nova identidade. Cremos que tais experiências são verdadeiros momentos criativos, que resgatam o autêntico de cada um e enriquecem a condição de ‘ser si mesmo’ para si e para os demais.
(GRINBERG & GRINBERG, 1971, p. 153).